Muitos poetas vivem de seu verso e morrem por ele ou são duramente feridos, a lista é grande: Lorca, Neruda, Gelman, José Marti, Benedetti e tantos outros.
Mas “Poetas da Dura Noite” com apresentação e organização de Raul Ellwanger, traz essa realidade poética e trágica para perto de nós.
De Luiz Eurico Tejera Lisboa (Ico), durante anos apenas pudemos ler seus poemas, publicados em 1993, sem saber do paradeiro do poeta. Sequestrado, morto e enterrado com nome falso no cemitério Dom Bosco, em Perus (SP), pela ditadura militar brasileira.
Apenas em 1979, sete anos após seu desaparecimento, seu corpo foi encontrado e peritos atestaram que fora assassinado desmentindo a versão oficial de suicídio.
Nilton Rosa, o “Julinho”, “Bem Bolado”, “ Orelhinha”, estudante secundarista no Brasil foge para o Chile quando sua vida corria risco nas mãos da ditadura. Morre com um tiro na cabeça disparado pela milícia fascista que engendraria Pinochet. Ico, “Orelhinha”, Athanásio Orth, Eloy Martins, Guilem Rodrigues da Silva e vários outros poetas que tiveram seus escritos e versos marcados pela sevícia, ameaça de vida ou mesmo morte violenta, conseguiram pela coragem de muitos enviá-lo clandestinamente para fora do cárcere.
Há muita dor, revolta, mas também muitos versos de amor e esperança em “Poetas da Noite”, livro editado pelo Comitê Carlos de Ré da Verdade e Justiça do Rio Grande do Sul e publicado em 2019.
Acenda os versos desses homens para trazer um pouco de luz a este país que passou a ouvir elogios à ditadura e insanidades dos homens maus que o governam.
Prof. Dr. Táki Athanássios Cordás
Centro Especializado de Saúde Mental Moreno & Cordás
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